quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Louis Pasteur e a vacina contra a "raiva"

Louis Pasteur foi um importantíssimo cientista do século IX. Ele nasceu na cidade de Dole, na França, em 1822. Deu notáveis contribuições para o saber científico nas áreas de química, física e prevenção de doenças. Foi ele o responsável pela criação do famoso processo de pasteurização, utilizado até hoje na produção de bebidas e derivados do leite.

Outra grande contribuição foi na área de saúde, como já citado. Ele e sua equipe são responsáveis pela criação da vacina da raiva. A raiva é uma doença devastadora, e antes da criação da vacina, não havia cura para ela. Normalmente essa doença ataca cães, morcegos, lobos, etc. Quando infectado o animal entra em frenesi, e ataca tudo que chega perto dele. Quando um ser humano é atacado e infectado, ele também apresenta um comportamento extremamente agressivo. A doença degenera o sistema nervoso do hospedeiro, que acaba sucumbindo após extremo sofrimento. A raiva já chegou a devastar toda a população canina de certas regiões e sempre causou grandes problemas para a humanidade.

Louis Pasteur então começou a desenvolver uma vacina para essa doença em 1880. Como toda pesquisa ele começou a fazer os testes preliminares em animais. Após 5 anos, ele não tinha feito nenhum ensaio em seres humanos ainda, porém logo teria sua chance. Estava muito impaciente e até cogitava inocular a doença em si mesmo para fazer os testes. Em 1885 um menino de 9 anos chamado Joseph Meister, filho de camponeses, foi atacado por um cão raivoso. Sua mãe, temendo pela vida de seu filho o levou à Pasteur, buscando um tratamento. O garoto estava muito ferido, e vendo o seu estado, Louis decidiu iniciar o tratamento, alegando que os testes em animais já tinham sido concluídos.

Durante os cuidados do paciente, o ajudante de Pasteur se recusou a continuar no experimento, por motivos que só foram revelados muito tempo despois, com a publicação dos cadernos da pesquisa. Na verdade os testes com animais ainda não tinham sido concluídos e os dados não eram completamente conclusivos. Ao ver o menino ser exposto a um tratamento que poderia colocar sua vida em risco, o ajudante decidiu não participar de tal ato, pois achava extremamente irresponsável. Nem toda pessoa que é atacada por um animal raivoso necessariamente é infectada, e o tratamento poderia ter matado o garoto.

Felizmente, o tratamento de Louis Pasteur foi um sucesso, e o menino foi curado completamente da doença. Entretanto essa história poderia ter terminado muito mal e destruído a reputação de toda a equipe. Até que ponto vale a pena correr esses riscos? Os fins justificam os meios? É certo que o máximo de testes possíveis devem ser feitos, mas será que é certo negar um tratamento para um pessoa em risco de vida, só por que eles ainda não foram concluídos? Muitos pontos devem ser levados em consideração, e certamente nenhuma das opções que podem ser escolhidas é totalmente correta.

- por Victor Buratto Tinti.



Fontes:

http://www.brasilescola.com/doencas/raiva.htm/  (acessado em 13/01/2014 - 12:28)
http://cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_31/EraUmaVez.html/  (acessado em 13/01/2014 - 12:28)
http://www.bbc.co.uk/history/historic_figures/pasteur_louis.shtml/  (acessado em 13/01/2014 - 12:29)
http://www.todabiologia.com/pesquisadores/louis_pasteur.htm/  (acessado em 13/01/2014 - 12:30)
http://educacao.uol.com.br/biografias/louis-pasteur.jhtm/  (acessado em 13/01/2014 - 12:30)
http://www.brasilescola.com/biologia/louis-pasteur.htm/  (acessado em 13/01/2014 - 12:31)

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